segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Como contar histórias

            As técnicas de contar histórias se mesclam com as qualidades necessárias ao contador ou narrador. Podemos citar, apenas enumerando, as que mais se destacam:
- verificar o local, horário e as acomodações;
- conhecer o público a que se destina e ter o dom de encantar e dominar o auditório;
- conhecer o enredo com absoluta segurança;
- narrar com naturalidade, sem afetação, com voz clara e expressão viva;
- enfatizar os pontos emocionantes da história através das variações de tonalidades de voz e  pausas oportunas;
- sentir/viver a história, emocionando-se com a própria narrativa;
- não romper o fluxo da narrativa com conselhos e explicações;
- não perder o fio da meada quando estiver fazendo uso do livro ou outro elemento ilustrativo;
- tirar partido de pequenos incidentes, sem interromper a história;
- evitar tiques e cacoetes;
- tratar o ouvinte com simpatia e camaradagem, sem adotar um ouvinte predileto;
- não demonstrar irritação com a presença de ouvintes desinteressados ou irrequietos;
- chegar aos desfecho sem apontar a moral ou aplicar lições;
- estar aberto para comentários após a narrativa.
           Contar histórias é saber criar um ambiente de encantamento, suspense, surpresa e emoção, onde enredo e personagens ganham vida, transformando tanto narrador como ouvinte. Deve impregnar todos os sentidos, tocando o coração e enriquecendo a leitura do mundo na trajetória de cada um.
          
Onde a história deve ser contada?

            Como a literatura infantil é muito associada à missão pedagógica do livro e da leitura, o primeiro lugar que nos ocorre para que a narração se realize é a escola. E, indiscutivelmente, é o lugar onde ela mais encontra aplicabilidade.
            No entanto, temos acompanhado com alegria, a frequência e diversidade de locais em que a história contada ou lida tem estado presente. Nos hospitais, como lenitivo para as crianças enfermas, nos postos de saúde, nas Bibliotecas, nas praças,  em casa, em eventos especiais e muitos outros.
            Independentemente do local, os ouvintes devem estar bem acomodados, em círculo ou colunas, sentados no chão, em tapetes ou almofadas, livres de outros barulhos, em ambiente com conforto térmico, em horário adequado e outros cuidados desse tipo. Contar histórias para crianças cansadas, com fome,  com vontade de ir ao banheiro não é nada gratificante!

Quanto tempo deve durar?


            A duração da narrativa também deve ser adequada: 5 a 10 minutos para as crianças menores, 15 a 20 minutos para as maiores. A repetição da mesma história, se solicitada, deve ser sempre atendida. Outra história não deve ser iniciada sem intervalo. Uma conversa preparatória, motivando para a nova vivência é muito desejável. 

A Mediação de Leitura


            É comum o contador de histórias se sentir inibido ou despreparado, por não possuir todas as aptidões ideais para narrar satisfatoriamente uma fábula, história ou poesia.
            A mediação de leitura, outra modalidade de incentivo ao hábito de ler, transforma a atividade de leitura em rotina, sem exigir do mediador grandes habilidades artísticas. Qualquer pessoa que saiba ler adequadamente e que goste de trabalhar com literatura e pessoas (crianças e adultos), pode e deve participar dessa experiência.
 

Créditos:

LER É PRAZER: os projetos de incentivo à leitura da Biblioteca Comunitária da  UFSCar

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